Alguns aspectos da biologia das andorinhas-azuis são realmente curiosos. Veja aqui uma lista de alguns deles.
As andorinhas-azuis são chamadas de “insetívoras aéreas”, pois se alimentam de insetos capturados durante o vôo.
Por causa da longa história de convivência com os humanos, hoje as andorinhas-azuis se reproduzem, na maior parte da América do Norte, em ninhos artificiais construídos exclusivamente para isso. Nos Estados Unidos há uma ampla rede de pessoas que disponibilizam e realizam a manutenção destas pequenas casas em suas propriedades ao longo de todo o período reprodutivo.
Quando as andorinhas-azuis começam a chegar no hemisfério norte as pessoas são incentivadas a notificar à Associação para a Conservação das Andorinhas-azuis, e coletam diversas informações que contribuem para o monitoramento da espécie. Mesmo dependendo dos seres humanos para sua reprodução, as populações de andorinhas-azuis permanecem tradicionalmente estáveis há 50 anos, uma evidência de que podemos mudar o curso da conservação das espécies, quando nos dedicamos a isso.
As andorinhas-azuis costumam colocar 3 a 6 ovos brancos e lisos, em uma ou duas ninhadas por estação reprodutiva. Os ovos são pequenos, com cerca de 3 cm em seu maior diâmetro, e são incubados apenas pela fêmea, por 15 a 18 dias. Os filhotes começam a desenvolver suas penas cerca de 30 dias após saírem do ovo, e geralmente permanecem duas semanas com os pais depois disso.
Neste filme, produzido por uma pequena câmera instalada dentro de uma das casas artificiais nos Estados Unidos durante a temporada de 2018, você pode ver cada uma das etapas deste processo, desde a incubação dos ovos até o vôo dos filhotes.
Durante sua estadia no Brasil, as andorinhas-azuis possuem um comportamento muito característico, e ainda pouco estudado: elas se reúnem em bandos de centenas de indivíduos - às vezes até milhares - para repousar em antenas, árvores, fios ou outras estruturas humanas. Nem sempre esses bandos são exclusivamente de andorinhas-azuis. Muitas vezes eles contêm indivíduos de outras espécies, como a andorinha-doméstica-grande e a andorinha-do-campo.
Este foi o fenômeno descrito por Rui Barbosa em seu texto que consagrou as andorinhas-azuis na literatura brasileira:
“Era um, e logo após, são muitos, já vêm surdindo inumeráveis, já parecem infinitos; já se cruzam e recruzam; já se encontram e circulam; já se condensam e escurecem.”