O desafio de conservar uma espécie que utiliza um território tão extenso é enorme!
Pesquisas sobre a andorinha-azul indicam que há pelo menos duas populações com movimentação ligeiramente diferente: uma que chega anualmente ao Sudeste do Brasil, e uma que migra sempre para a Amazônia e lá permanece por todo o verão. Por causa disso, surgiu a parceria entre as quatro instituições que lideram este projeto: o INPA e o Instituto Butantan, no Brasil, a Purple Martin Conservation Association, nos Estados Unidos, e a Universidade de Manitoba, no Canadá.
Apesar de não estar em nenhuma categoria de ameaça de extinção da IUCN, algumas alterações vem sendo observadas no padrão migratório da andorinha-azul, o que desperta alguma preocupação. Na América do Norte, estas andorinhas são bem conhecidas, pois há dezenas de milhares de anos a sua reprodução depende da distribuição de ninhos artificiais projetados especificamente para este fim. Aqui no hemisfério sul, por outro lado, pouco se sabe sobre os hábitos, o percurso e as ameaças que estas aves enfrentam durante o verão.
Para esclarecer algumas destas dúvidas, utilizamos diversos recursos desenvolvidos para estudos de aves em vida livre, tais como a instalação de um sistema de rastreamento urbano-florestal na Amazônia e no Sudeste do Brasil, a criação de uma rede de comunicação de avistamentos por observadores de aves, a captura de andorinhas para marcação e a coleta de penas e material biológico para estudo em laboratório.
Assim, podemos direcionar melhor os recursos e promover ações mais eficazes de conservação, somando esforços para reunir e distribuir conhecimento e ciência. Participe do projeto!
Algumas questões importantes que estamos investigando: